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A ilha de Timor situa-se entre o sudoeste asiático e o Pacífico sul, a cerca de 500 km da Austrália, e é uma das ilhas mais orientais do arquipélago indonésio. Está dividida em Timor-Oeste (a parte legítima da Indonésia) e Timor-Leste, ocupado desde 1975 pelo regime vizinho. O território em si tem a área de 18.899 km2, sendo constituído pelo enclave de Oe-Cusse (na costa norte de parte ocidental), pela ilha de Ataúro (a 23 km de Díli), o ilhéu de Jaco (separado por canal da ponta leste) e a metade oriental da ilha de Timor.
Numa zona de encontro de culturas, em Timor-Leste cruzam-se a cultura melanésia (do Pacífico sul), a malaio-polinésia (do sudoeste asiático) e a católica latina (da Europa, nomeadamente, de Portugal). José Ramos-Horta confirma esta diversidade dizendo: «Ainda somos orgulhosos súbditos da Pátria Lusa, apesar de que a maioria de nós, melanésios, não passa despercebido nas ruas lisboetas. (Eu lá me vou safando graças a um pai originário da Figueira da Foz.)». No que diz respeito aos recursos naturais, Timor-Leste tem uma agricultura rica, se bem explorada, e tem também importantes reservas petrolíferas (em parte responsáveis pela cobiça indonésia e pela indiferença dos vários países com interesses na região).
Historicamente, o território foi uma colónia portuguesa desde o século XVI; esteve ocupado pelo Japão durante três anos, na altura da 2ª Grande Guerra Mundial e foi palco de uma cruel invasão indonésia em Dezembro de 1975. Timor-Leste não tem uma história fácil, mas de quem guarda melhores recordações, apesar de tudo, é de Portugal: «(...) de uma maneira geral, direi sem hesitação que Timor-Leste ficou a dever quase tudo, o pouco que teve de riqueza intelectual, espiritual, moral e religiosa, aos missionários que se enraizaram naquela ilha bastarda. O Estado pouco fez ao longo de séculos. Sem o papel da Igreja, que ergueu as belas escolas de Saibada, Maliana, Ossu e o seminário de Dare, Timor-Leste teria sido muito pobre.» (Ramos-Horta).
Para saber mais:[ CITI ]